REFLEXÕES SOBRE LEI E INCONSCIENTE, PODER E FORÇA-VIOLÊNCIA E CONEXÕES COM O ATO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DE EMANCIPAÇÃO, COM BASE EM SLAVOJ ZIZEK
DOI:
https://doi.org/10.30611/2016n9id6533Resumo
Resumo: Para Zizek, a ideia de uma forma vazia da lei, para além de suas encarnações positivas, remete à sua afirmação como inconsciente e como indício de um conteúdo recalcado. Por outro lado, sobre a força como violência cabe observar que ela se encontra tanto na fundação quanto na conservação do poder. Por outro lado, a dimensão subjetiva da violência deve ser interpretada em termos de sua articulação com as dimensões simbólica, e objetiva (ou sistêmica) da violência e não como um fenômeno isolado. Quanto à educação, cabe observar que, na perspectiva de Zizek, o ato pedagógico precisa ter uma afinidade eletiva com o ato político que rompe com os significantes mestres imbricados com o fetichismo da mercadoria e com a forma social do capital. Ou seja, o sujeito para ser livre e emancipado deve transcender e romper com as coordenadas sistêmicas do capital, mediante um engajamento que se coloca a contrapelo da rede simbólica alienante e na contramão da reificação e do estranhamento nas relações sociais. Isto implica o desvencilhar-se de uma subsunção e de um aprisionamento do sujeito em dispositivos institucionais, normativos e tecnológicos de controle e de autocontrole, sintonizados com a reprodução do capital. Em síntese, somente quando os processos de subjetivação apresentam uma afinidade eletiva com uma práxis teórica e social que se exprime mediante uma atividade coletiva criativa, livre e soberana é que pode ocorrer um processo de emancipação individual e social.
Palavras-chave: lei, poder, força-violência, e ato político-educativo.
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