O EMPIRISMO CONJECTURAL DE KANT
DOI:
https://doi.org/10.30611/2018n12id33216Palavras-chave:
Empirismo. Conjectural. Kant.Resumo
O presente artigo pretende apresentar a tese epistemológica de Kant na Crítica da Razão Pura como um empirismo conjectural. A parte da obra que foi enfocada nesse projeto é a Analítica Transcendental, com especial olhar para o argumento da Dedução Transcendental. Foi sugerido que a teoria dos princípios sintéticos – usados para identificar uma unidade objetiva nas representações – aponta para uma epistemologia centrada em princípios heurísticos, (embora essa conexão só fique clara quando Kant discute o uso regulativo das ideias, na Doutrina do Método). Esse apontamento será explorado através da sugestão de que a combinação de teses racionalistas e empiristas na Crítica da Razão Pura é melhor compreendida como um empirismo conjectural. Pretendemos apresentar a noção de conjectura como uma chave de leitura para entender a singularidade do complexo doutrinal de Kant na sua primeira obra do período Crítico, especialmente para explicar sua posição intermediária (entre diversas teses, como o realismo e o idealismo, o empirismo e o racionalismo, etc) e o modo como ele paga o preço para propor um realismo sem metafísica.Referências
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