CRESCIMENTO E MORTALIDADE DE Penaeus subtilis (DECAPODA, PENAEIDAE) NA PLATAFORMA CONTINENTAL AMAZÔNICA

Autores

  • Israel Hidenburgo Aniceto Cintra Instituto Socioambiental e dos Recursos Hídricos (ISARH), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Av. Presidente Tancredo Neves, 2501, Montese, Belém, Pará, Brasil
  • José Augusto Negreiros Aragão Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
  • Kátia Cristina de Araújo Silva Instituto Socioambiental e dos Recursos Hídricos/Universidade Federal Rural da Amazônia
  • Miguel Petrere Júnior Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v54i1.41667

Resumo

O presente artigo determina os parâmetros de crescimento e mortalidade do Penaeus subtilis na plataforma continental amazônica, utilizando-se dados de amostras biométricas obtidas a bordo de arrasteiros industriais no período de 2000 a 2004. Esses parâmetros foram estimados com a utilização do programa computacional FiSAT II. Verificou-se que as fêmeas crescem mais que os machos e estão presentes sempre em maior proporção nas capturas (61%). Os comprimentos assintóticos foram estimados em 231 mm (k = 1,6 ano-1) e 205 mm (k = 0,94 ano-1) e os valores da mortalidade total foram e 5,2 ano-1 e 5,5 ano-1 para fêmeas e machos respectivamente. As estimativas de mortalidade natural foram: 2,53 ano-1 para fêmeas e 1,83 ano-1 para machos. Os valores de longevidade para fêmeas (1,88 anos) parecem razoáveis, mas para machos (3,19 anos) são muito elevados, devido ao baixo valor de k e ao fato de a fórmula utilizada (3/k) ser apenas uma aproximação empírica. Os valores estimados para o índice de performance de crescimento Ø’ para fêmeas (1,54) se enquadram na grade auximétrica proposta para peneídeos, porém para machos (1,2) são
também muito baixos. Para fêmeas a mortalidade por pesca (F) estimada foi de 2,67 ano-1, para uma taxa de sobrevivência de 60%, e para machos de 3,67 ano-1, para uma taxa de sobrevivência de 40%.

Palavras-chaves: camarão-rosa, pesca industrial, dinâmica populacional, região Norte.

Biografia do Autor

Israel Hidenburgo Aniceto Cintra, Instituto Socioambiental e dos Recursos Hídricos (ISARH), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Av. Presidente Tancredo Neves, 2501, Montese, Belém, Pará, Brasil

Graduação em Engenharia de Pesca (1988), Especialização em Tecnologia de Produtos Pesqueiros (1991), Mestrado em Engenharia de Pesca (1996) e Doutorado em Engenharia de Pesca (2009) pela Universidade Federal do Ceará. É professor do Curso de Engenharia de Pesca e do Programa de Pósgraduação em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais da Universidade Federal Rural da Amazônia. Tem experiência na área de Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca, com ênfase em Dinâmica Populacional de Crustáceos, Pesca artesanal e industrial Região Norte e Ciência e Tecnologia do Pescado, atuando nos seguintes temas: Programa Revizee, lagosta, caranguejo uçá, camarão rosa, camarão do amazonas, siris, mapará, pescada branca, curimatá, jatuarana, Bacia do AraguaiaTocantins, UHE Tucuruí.

José Augusto Negreiros Aragão, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

Possui graduação em Engenharia de Pesca pela Universidade Federal do Ceará (1975), mestrado em Engenharia de Pesca pela Universidade Federal do Ceará (1996) e doutorado em Ciência Ambiental pela Universidade de São Paulo (2012). Atuou como analista ambiental e pesquisador do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, desde sua fundação. Antes trabalhou também como pesquisador na extinta Superintendência do Desenvolvimento da Pesca (SUDEPE). Tem experiência na área de Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca, atuando principalmente nos seguintes temas: estatística pesqueira, avalição de recursos pesqueiros, ordenamento de recursos pesqueiros, sendo especialista nos recursos lagosta (Panulirus spp), pargo(Lutjanus purpureus) e camarão-rosa (Farfantepenaeus subtilis). Teve duas passagens por empresas de pesca, com dois anos de duração cada, onde atuou na parte gerencial. Hoje, está desligado do IBAMA, por aposentadoria, e atua como consultor independente.

Kátia Cristina de Araújo Silva, Instituto Socioambiental e dos Recursos Hídricos/Universidade Federal Rural da Amazônia

possui graduação em Engenharia de Pesca pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1990) e doutorado em Recursos Biológicos da Zona Costeira Amazônica pela Universidade Federal do Pará (2012). Atualmente é professora adjunta II da Universidade Federal Rural da Amazônia e pesquisadora do Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Norte. Tem experiência na área de Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca, com ênfase em Manejo e Conservação de Recursos Pesqueiros Marinhos, atuando principalmente nos seguintes temas: decapoda, região norte, crustáceos, revizee norte e camarões.

Miguel Petrere Júnior, Universidade Federal do Pará

Sou licenciado em Filosofia em 1972 e em Matemática, em 1974, pela antiga Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Sorocaba. Mestre em Ecologia pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM)/ Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) em 1977. PhD em 1982 pela School of Biological Sciences - University of East Anglia, Reino Unido. Professor Livre-Docente aposentado do Departamento de Ecologia na UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, campus de Rio Claro, onde ensinei Ecologia Quantitativa, Modelos Estatísticos em Ecologia a nível de graduação, de 1984 a 2010. Atualmente sou Professor Titular Livre na Universidade Federal do Pará (UFPA - campus de Belém), aprovado em concurso público em Novembro/2017. A nível de pós-graduação sou professor titular credenciado credenciado na PPGEAP em Ecologia Aquática e Pesca na UFPA, na UNISANTA, Santos onde ministro os cursos de Teoria da Amostragem e Ecologia Numérica e no programas de Pós-graduação na PPGPUR da UFSCar, Sorocaba, desde Julho de 2012, onde ministro as disciplinas Filosofia da Ciência; Tópicos Avançados em Dinâmica da População. Sou professor colaborador na PG em Biologia de Água Doce e Pesca Interior no INPA, Manaus e na PG em Ciências Pesqueiras nos Trópicos da UFAM, Manaus, onde ministro a disciplina Teoria da Amostragem. Atualmente sou Professor-titular livre na UFPA - Faculdade de Biologia - Laboratório de Biologia Pesqueira e Manejo de Recursos Aquáticos Avenida Perimetral, 2651 (Guamá) 66077 ? 830 ? Belém (PA). Tenho experiência na área de Recursos Pesqueiros continentais e marinhos e em Estatística Experimental atuando principalmente nos seguintes temas: diversidade, Amazônia, ecologia de peixes e da pesca, ecologia de represas, manejo de estoques pesqueiros continentais e marinhos, usando modelos matemáticos e estatísticos tanto analíticos como de simulação. Sou membro titular da ACIESP (Academia de Ciências do Estado de São Paulo) e Fellow da The Linnean Society of London.

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Publicado

2021-05-19

Edição

Seção

Artigos originais