VALORAÇÃO AMBIENTAL DO PARQUE ESTADUAL MARINHO DA PEDRA DA RISCA DO MEIO, CEARÁ, BRASIL

Autores

  • Pedro Bastos de Macedo Carneiro Biólogo, Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará,
  • Inah Sátiro Doutoranda em Ciências Marinhas Tropicais, Universidade Federal do Ceará
  • Clara de Melo Coe Mestranda em Engenharia de Pesca, Universidade Federal do Ceará
  • Kamila Vieira de Mendonça Professora Adjunta, Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v50i1.19286

Palavras-chave:

gestão de unidade de conservação, valores de uso e não-uso, valo ração contingente.

Resumo

O estabelecimento de unidades de conservação é estratégia eficiente para a conservação da natureza, porém muitas dessas áreas são geridas sem critérios objetivos de alocação de recursos, o que muitas vezes resulta em aportes insuficientes. Buscando contribuir para a gestão de unidades de conservação marinhas do Brasil, o presente trabalho visa aplicar o método de valoração contingente para estimar valores de uso e não uso do Parque Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio, localizado no Ceará. Foram realizadas 105 entrevistas com moradores de Fortaleza, Ceará, e a influência de variáveis sociológicas (sintetizadas em estatísticas descritivas) sobre a disposição a pagar (DAP) pela manutenção do Parque foi estudada via modelos lineares. A disposição a pagar total foi calculada multiplicando a DAP pela população envolvida. Em média, os entrevistados se dispuseram a pagar R$ 21,50/mês para a manutenção do Parque, valor que foi maior no caso de frequentadores e de pessoas de maiores rendas. Considerando apenas frequentadores, o valor de uso equivale a R$ 964.080/ano. Esses resultados evidenciam a importância dessa unidade de conservação e ressaltam a necessidade de novas estratégias de financiamento para a sua manutenção. Maiores incentivos à visitação, cobrança de taxas e o pagamento por serviços ambientais prestados parecem ser mecanismos bem aceitos pela população local, além de poderem ser igualmente aplicados em outras unidades de conservação marinhas do Brasil, e portanto podem contribuir para a conservação da zona costeira do país.

Biografia do Autor

Pedro Bastos de Macedo Carneiro, Biólogo, Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará,



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Publicado

2017-12-14

Edição

Seção

Artigos originais