Narrativas e narradores das agruras da nacionalidade: A revolução brasileira nas epopéias de Euclydes da Cunha, Capistrano de Abreu e Sérgio Buarque de Holanda.

Autores

  • Sander Cruz Castelo

Resumo

Neste ensaio, diagnostica-se a problemática da invenção da nacionalidade brasileira, em três obras matriciais: Os Sertões (1902), de Euclydes da Cunha, Capítulos de história colonial (1907), de Capistrano de Abreu, e Raízes do Brasil (1907), de Sérgio Buarque de Holanda. Redigidos nas primeiras décadas dos novecentos, num contexto de imposição de novo regime político e diversificação da atividade econômica, esses livros nasceram da tentativa de, em se inquirindo os primórdios da “revolução brasileira”, com os respectivos inimigos e agentes, no período colonial e imperial, esboçar suas linhas de fuga no presente.      O cerne do trabalho é a análise da obra de Holanda. As outras duas produções aparecem por a terem inspirado, no tema e método. Não fossem elas, não se teria feito a passagem do cientificismo do XIX para o realismo da geração de 30. Sem elas, o Brasil sertanejo não adquiriria visibilidade, condenando, de saída, todo e qualquer esforço de entender o país.

Palavras-chave: Intérpretes do Brasil; Revolução Brasileira; Teoria da História

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Publicado

2007-08-28

Edição

Seção

Artigos